La transformação digital deve garantir a humanidade com o cliente

Todos concordaram na FIDES Rio 2023 que os seguros estão passando por uma evolução digital sem precedentes. Portanto, as empresas devem adaptar-se às novas tecnologias, mas sem perder de vista o rosto humano e a atenção personalizada que historicamente as caracterizou.

por InsurMarket Latam

(RIO DE JANEIRO) ENVIADOS ESPECIAIS.- A transformação digital no setor de seguros é uma realidade e um caminho sem retorno. No entanto, também é crucial considerar um elemento transcendental deste negócio: a humanidade com os clientes.

Durante a 38ª Conferência Hemisférica de Seguros, organizada pela Federação Interamericana de Empresas de Seguros (FIDES) e realizada no Rio de Janeiro, Brasil, esse tema foi abordado por um grupo de especialistas.

O painel foi composto por Ulisses Assis, presidente da BB Seguros; David Colmenares, diretor geral da Allianz Commercial Latin America; Rajat Sharma, diretor financeiro da eBaoTech; Alessandro Octaviani, superintendente da Susep; e Roberto Santos, CEO da Porto.

Rajat Sharma: volume, velocidade de implementação e personalização

Sharma compartilhou sua experiência de trabalhar em uma empresa que oferece soluções digitais em nível mundial para o setor de seguros. O lema da eBaoTech é “tornar o seguro mais fácil”.

Nosso mantra é o que chamamos de três V: volume, velocidade e variação. Os negócios digitais precisam estar ancorados em um grande volume, com velocidade de implementação e personalização do cliente”.

Ulisses Assis: Sem investimento digital, a experiência do cliente não melhora

Assis abordou o caso da BB Seguros, que nos últimos anos decidiu investir fortemente na digitalização de seu negócio. A iniciativa também incluiu uma mudança na distribuição de produtos e ações focadas em melhorar a experiência do cliente.

Não poderíamos melhorar a experiência do cliente sem investir no digital. Nos últimos três anos, investimos cerca de milhões nessa transformação, dobrando nosso investimento em TI. Junto a esse trabalho, investimos em análise de dados, porque pior do que não ter dados é tê-los e não saber usá-los. Temos que digitalizar sem perder a humanidade com o cliente”.

David Colmenares: É preciso usar a tecnologia com responsabilidade

Colmenares afirmou que sempre é preciso pensar primeiro no cliente, em como ele pode estudar e adquirir os produtos.

Vendemos segurança e credibilidade. Os clientes devem entender que estão comprando paz de espírito. A tecnologia ajuda, mas pode ser perigosa, por isso é preciso usá-la com responsabilidade. Além disso, as insurtech são aliadas do mercado, porque trazem agilidade, conhecimento e inovação às empresas de seguros e aos clientes”.

Roberto Santos: O mercado passa por uma evolução digital

Segundo Santos, a internet empoderou os consumidores e isso levou as empresas a mudarem de mindset.

Durante muito tempo, as empresas de seguros construíram processos considerando o que era bom para a empresa, sem levar em consideração o cliente”. Hoje, o momento que o mercado de seguros atravessa é uma evolução digital. As soluções digitais devem ser simples, alcançar a velocidade adequada e serem viáveis para o cliente”.

Alessandro Octaviani: Deve-se garantir um ambiente digital para a contratação de seguros

Octaviani afirmou que é imperativo garantir a qualidade do que é vendido no mercado de seguros. Quando se trata da digitalização do setor, há vários objetivos a serem alcançados, entre os quais se destaca garantir um ambiente digital para a contratação de seguros, uma realidade que não retrocederá nos próximos anos.

A fiscalização avançará em direção à transformação digital, que até melhorou a identificação de problemas pela autoridade”.

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