A indústria de seguros tem um novo think tank

Trata-se do Centro de Pesquisas para o Desenvolvimento do Seguro (CIDeS), o primeiro centro de estudos da indústria de seguros argentina, inspirado no modelo da Associação de Genebra. É composto pelos CEOs das seguradoras líderes, e conversamos com seu presidente, secretário e vocal para conhecer seu espírito e objetivos.

por InsurMarket Latam

O mercado de seguros busca sempre ter maior representatividade, vozes que o representem e espaços para propor mudanças e melhorias no setor. Inspirado nas bases da Associação de Genebra, na Argentina surgiu o primeiro think tank da indústria de seguros, denominado Centro de Pesquisas para o Desenvolvimento do Seguro (CIDeS).

É um instituto que busca impulsionar a colaboração, a análise estratégica e a inovação no seguro, por meio do estudo, análise e exploração de temas relevantes para o seu desenvolvimento e fortalecimento. Seu objetivo é trabalhar de forma colaborativa para identificar tendências e áreas de risco que afetem o negócio de seguros, comprometendo-se a mostrar e divulgar a contribuição e o impacto dos seguros na construção de economias e sociedades mais resilientes e prósperas.

Dessa forma, têm como objetivo tornar-se “a voz líder para a geração de ideias influentes e soluções transformadoras” do setor, defendendo seus interesses e desenvolvendo a capacidade de influenciar políticas públicas que impactem positivamente no mercado.

O CIDeS é composto por 10 CEOs das seguradoras líderes, com mandatos de um ano e uma única possibilidade de reeleição, e contrataram um profissional de reconhecida trajetória no mercado de seguros e financeiro, Armando Riopedre, ex-PWC, para ocupar o cargo de Gerente Geral da entidade.

Conversamos com três de seus integrantes para conhecer mais sobre o CIDeS, como o caso do seu presidente Alejandro Simón (CEO do Grupo Sancor Seguros), que destaca que “como qualquer centro de pesquisas, o objetivo é estudar e fazer análises, mas com uma profundidade significativa, reunindo os melhores especialistas em cada temática, selecionados pelas mais urgentes e também pelas mais importantes”. A partir disso, acrescenta, o objetivo é “poder gerar uma voz que seja ouvida em todos os âmbitos nos quais se pode afetar de alguma maneira a indústria de seguros, desde o legislativo, executivo e o poder judiciário”.

Nessa linha, Andrés Quantín (CEO da Mercantil Andina), designado secretário do CIDeS, explica que “este novo think tank tem uma heterogeneidade em sua composição, pois é formado por CEOs de seguradoras cooperativas, internacionais e de capitais nacionais, e a expectativa é grande, porque é um centro de pesquisa que vai trabalhar de maneira diferente, politicamente, em relação ao trabalho da Superintendência de Seguros e das câmaras empresariais”.

Para Diego Guaita (CEO do Grupo San Cristóbal), vocal do CIDeS, “o objetivo é sempre o mesmo no sentido de fazer crescer o setor, melhorar o que fazemos nas seguradoras, com os Produtores de Seguros, com os canais de distribuição e com o regulador da atividade”. Nesse sentido, visam “ter mais informações técnicas, gerar documentos de trabalho que sustentem e facilitem novas normas e novos produtos para desenvolver seguros melhores na Argentina”.

Como relata seu primeiro e atual presidente, Alejandro Simón, “nos inspiramos em muitas coisas na Associação de Genebra, que foi pensada originalmente como uma forma de unir o seguro em uma época em que havia algum avassalamento por parte do setor público em alguns países da Europa e as câmaras não abordavam isso de forma individual”. Naquela época, “conseguimos unir um pensamento, através de um think tank que até hoje continua funcionando muito bem, como uma voz fundamental para dialogar com órgãos reguladores e centros de pesquisa fora da indústria de seguros”.

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