Crescem as ameaças cibernéticas na América Latina

As organizações favorecem as metodologias de análise qualitativa e semiquantitativa para avaliar seus riscos, e apenas 28% utilizam metodologias quantitativas, que oferecem uma visão mais numérica e precisa do risco.

por InsurMarket Latam

Um relatório divulgado pela Marsh McLennan, líder em gestão de riscos, estratégia e força de trabalho, aponta que, na era digital, o setor financeiro na América Latina enfrenta crescentes ameaças cibernéticas. Com desafios que comprometem a integridade dos dados, a continuidade operacional e a confiança do cliente, a gestão do risco cibernético é essencial. Diante desse cenário, é imperativo que as organizações adotem estratégias robustas para gerenciar os riscos associados à segurança da informação e cibersegurança. 

Felizmente, acrescenta a fonte, as empresas estão reconhecendo a necessidade de ter uma compreensão mais profunda de sua exposição ao risco, e é por isso que o estudo oferece uma visão de como as empresas estão enfrentando esses desafios e quais metodologias estão implementando para entender e mitigar seus riscos. 

Entre as principais descobertas deste estudo, a Marsh McLennan identifica o seguinte:

  1. O setor financeiro experimentou um aumento na sofisticação e frequência dos ataques cibernéticos, tornando necessário fortalecer tanto a análise quanto as medidas e ferramentas que protejam da melhor forma possível as informações digitais das empresas.
  2. Os ataques de engenharia social, que manipulam as pessoas para divulgar informações confidenciais, são particularmente prejudiciais para as organizações financeiras.
  3. Espera-se que os ataques de ransomware, nos quais os hackers exigem um resgate para liberar dados sequestrados, continuem aumentando. 

Quanto ao exercício de avaliação de riscos, a Marsh McLennan aponta que as organizações tendem a favorecer as metodologias de análise qualitativa e semiquantitativa para avaliar seus riscos. Surpreendentemente, apenas 28% utilizam metodologias quantitativas, que oferecem uma visão mais numérica e precisa do risco. 

Além disso, das empresas que utilizam metodologias quantitativas, quase a metade (43%) optou por adquirir um seguro cibernético, indicando uma maior conscientização e preparação para os riscos. 

A empresa autora do estudo menciona que essa situação apresenta alguns desafios na gestão de riscos que precisam ser abordados, sendo um dos principais obstáculos a falta de conhecimento sobre gestão de riscos entre os funcionários. Portanto, para melhorar nesse ponto, é fundamental que cada pessoa que integra uma organização esteja preparada e compreenda totalmente o que pode e deve fazer para controlar ou mitigar os riscos que podem surgir em seu ambiente de trabalho. 

É uma realidade, acrescenta, que muitos funcionários não estão familiarizados com a metodologia de análise de riscos que sua organização utiliza, além do desconhecimento generalizado sobre o valor estimado dos ativos críticos da organização, o que pode dificultar uma avaliação precisa do risco, conclui a Marsh McLennan.

Você pode gostar também