(RIO DE JANEIRO) ENVIADOS ESPECIAIS.- A transformação digital no setor de seguros é uma realidade e um caminho sem retorno. No entanto, também é crucial considerar um elemento transcendental deste negócio: a humanidade com os clientes.
Durante a 38ª Conferência Hemisférica de Seguros, organizada pela Federação Interamericana de Empresas de Seguros (FIDES) e realizada no Rio de Janeiro, Brasil, esse tema foi abordado por um grupo de especialistas.
O painel foi composto por Ulisses Assis, presidente da BB Seguros; David Colmenares, diretor geral da Allianz Commercial Latin America; Rajat Sharma, diretor financeiro da eBaoTech; Alessandro Octaviani, superintendente da Susep; e Roberto Santos, CEO da Porto.
Rajat Sharma: volume, velocidade de implementação e personalização
Sharma compartilhou sua experiência de trabalhar em uma empresa que oferece soluções digitais em nível mundial para o setor de seguros. O lema da eBaoTech é “tornar o seguro mais fácil”.
Nosso mantra é o que chamamos de três V: volume, velocidade e variação. Os negócios digitais precisam estar ancorados em um grande volume, com velocidade de implementação e personalização do cliente”.
Ulisses Assis: Sem investimento digital, a experiência do cliente não melhora
Assis abordou o caso da BB Seguros, que nos últimos anos decidiu investir fortemente na digitalização de seu negócio. A iniciativa também incluiu uma mudança na distribuição de produtos e ações focadas em melhorar a experiência do cliente.
Não poderíamos melhorar a experiência do cliente sem investir no digital. Nos últimos três anos, investimos cerca de milhões nessa transformação, dobrando nosso investimento em TI. Junto a esse trabalho, investimos em análise de dados, porque pior do que não ter dados é tê-los e não saber usá-los. Temos que digitalizar sem perder a humanidade com o cliente”.
David Colmenares: É preciso usar a tecnologia com responsabilidade
Colmenares afirmou que sempre é preciso pensar primeiro no cliente, em como ele pode estudar e adquirir os produtos.
Vendemos segurança e credibilidade. Os clientes devem entender que estão comprando paz de espírito. A tecnologia ajuda, mas pode ser perigosa, por isso é preciso usá-la com responsabilidade. Além disso, as insurtech são aliadas do mercado, porque trazem agilidade, conhecimento e inovação às empresas de seguros e aos clientes”.
Roberto Santos: O mercado passa por uma evolução digital
Segundo Santos, a internet empoderou os consumidores e isso levou as empresas a mudarem de mindset.
Durante muito tempo, as empresas de seguros construíram processos considerando o que era bom para a empresa, sem levar em consideração o cliente”. Hoje, o momento que o mercado de seguros atravessa é uma evolução digital. As soluções digitais devem ser simples, alcançar a velocidade adequada e serem viáveis para o cliente”.
Alessandro Octaviani: Deve-se garantir um ambiente digital para a contratação de seguros
Octaviani afirmou que é imperativo garantir a qualidade do que é vendido no mercado de seguros. Quando se trata da digitalização do setor, há vários objetivos a serem alcançados, entre os quais se destaca garantir um ambiente digital para a contratação de seguros, uma realidade que não retrocederá nos próximos anos.
A fiscalização avançará em direção à transformação digital, que até melhorou a identificação de problemas pela autoridade”.