O que preocupa os executivos do mercado de seguros global?

Pesquisa com 134 líderes globais mostra que a tecnologia -e problemas ligados a ela- pode influenciar diretamente na operação das empresas e na sua relação com os consumidores.

por InsurMarket Latam

Pesquisa realizada pela KPMG com CEOs do setor de seguros de todo o mundo aponta que 90% deles acreditam que haverá uma recessão neste ano e 79% admitem já ter planos para lidar com esse cenário. Apesar disso, a maioria (72%) relata perspectivas de crescimento para os próximos três anos, seja para a economia global, seja para o setor em geral. Estas são algumas das conclusões do recorte setorial do levantamento “KPMG 2022 CEO Outlook”, que ouviu 134 líderes globais no segundo semestre do ano passado.

De acordo com o sócio da consultoria, Lúcio Anacleto, a maior preocupação dos executivos, principalmente dos incumbentes, ainda está ligada à tecnologia.

Quando falo de tecnologia, significa desde estratégia de cloud, infraestrutura, terceiros até cybersecurity”, explica.

O estudo mostra que 77% dos executivos entrevistados acreditam que as seguradoras precisam desenvolver estratégias para impulsionar a transformação digital para, assim, seguirem relevantes e competitivas. Outros 59% apostam no crescimento expressivo da implementação das metas de ESG (sigla em inglês para meio ambiente, social e governança).

A pesquisa de 2021 foi bastante influenciada pela Covid-19, por isso riscos emergentes foram bastante citados, com foco na aceleração digital e segurança dos funcionários. Em 2022, a preocupação foi mais direcionada para a tecnologia”, repercute Anacleto.

O mercado latinoamericano segue nesta mesma linha, apesar de possuírem demandas diferentes. Segundo o sócio da KPMG, no Brasil as preocupações estão mais ligadas à carteira de automóveis, enquanto os países dos Andes visam mais os seguros de vida; na Colômbia, vida e previdência privada são os focos.

Os entrevistados foram perguntados também sobre a atual situação geopolítica e desafios econômicos globais. Metade deles (50%) planeja nacionalizar operações no exterior e tem considerando reduzir a base de funcionários nos próximos seis meses, além de colocar em prática um congelamento de contratações. Entretanto, o cenário é mais positivo a longo prazo, com 87% dos líderes planejando aumentar o tamanho da força de trabalho nos próximos três anos.

Você pode gostar também