ENTREVISTA EXCLUSIVA.- A informação que chega à América Latina sobre a situação política e social do Peru é muito variada. O que aconteceu, o que está acontecendo agora e quais são as expectativas para sua normalização? Como esse contexto está afetando a economia peruana em geral e o mercado de seguros em particular?
É o que responde nesta entrevista Eduardo Morón Pastor, presidente da Associação Peruana de Seguradoras (APESEG), que também é professor titular da Faculdade de Economia da Universidad del Pacífico.
O Peru vem passando por um processo político muito complexo, com uma instabilidade totalmente atípica, pelo menos em sua história recente”, explica o executivo.
Morón Pastor, 55 anos, foi vice-ministro da Economia do Peru, é PhD em Economia (UCLA, Estados Unidos), mestre em Economia (CEMA, Argentina) e bacharel em Economia (Universidad del Pacífico, Peru).
Tudo isso gerou uma desaceleração profunda no crescimento da economia e o setor de seguros fechou em números negativos, com crescimento nominal dos prêmios abaixo da inflação”, alerta.
O executivo faz um raio-X do mercado segurador peruano e, com base nesse diagnóstico, explica quais são as linhas de trabalho da APESEG atualmente e quais os aspectos prioritários que buscam enfatizar, entre eles, os padrões de solvência, a necessidade de formalizar a economia (8 em cada 10 trabalhadores estão de preto) e trabalham em riscos catastróficos.
Por fim, antecipa os principais desafios do mercado de seguros, não só no Peru, mas em toda a Latam, para este 2023 e pensando no pós-pandemia.
A tecnologia avança e avança, e é preciso ter a capacidade de aproveitar esse impulso e o que isso implica em prestar um melhor serviço, ser mais simples e transparente e conquistar a confiança dos consumidores”, explica, entre outros conceitos imperdíveis que podem ser vistos e ouvidos nesta entrevista digital.