Faltando menos de um mês para a FIDES Rio 2023, a 38ª Conferência Hemisférica de Seguros organizada pela Federação Interamericana de Empresas de Seguros (FIDES) e a CNSeg, confederação que reúne as empresas de seguros no Brasil.
Conforme anunciaram seus organizadores, espera-se que seja a melhor conferência FIDES “de todos os tempos” (ver nota), e a InsurMarket Latam estará presente, sendo um dos Media Sponsors oficiais do evento.
O evento já esgotou seus ingressos e vendeu mais de 1.500 entradas, o que representa 100% das vagas disponíveis. De acordo com dados da organização, o encontro reunirá profissionais do setor de 41 países: cerca de 600 do Brasil, o país anfitrião; quase 200 dos Estados Unidos; Argentina e Reino Unido terão mais de uma centena de participantes em cada caso; seguidos por Colômbia e México com mais de 70 inscritos cada. A lista destaca a presença de países fora da América Latina, como Espanha (35 inscritos), Alemanha (30), Suíça (17) e Índia (10), além de representantes do Afeganistão, Emirados Árabes, Coreia do Sul, Bélgica, Canadá, Holanda, Israel, Malásia, Cingapura e Rússia, entre outros, não comuns em eventos dessa natureza.
Conteúdo de qualidade e networking
A conferência, que contará com palestrantes renomados no mercado de seguros global, tem como objetivo promover a troca de conhecimentos, além de incentivar o networking e os negócios.
Os principais palestrantes desta conferência serão Luis Alberto Moreno, diplomata e ex-presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID); Paul Krugman, Prêmio Nobel de Economia e colunista do New York Times; e um palestrante surpresa, embora seja adiantado que se trata de um ex-chefe de Estado de um país europeu.
A agenda é abrangente, com os principais temas atuais do seguro regional e global, incluindo diferentes painéis centrais que abordarão tópicos como transformação digital, cibersegurança e ESG.
Oferecer uma visão atualizada das prioridades e tendências da indústria de seguros global é um dos objetivos do painel Tendências Globais de Seguros, um dos painéis que compõem o programa principal da FIDES Rio 2023. Lá também será discutido o impacto das novas tecnologias e inovações do setor.
Dentro da agenda de sustentabilidade, haverá seis palestrantes de renome internacional: André Medici, economista e consultor internacional do Banco Mundial, do BID e da DESA-ONU; Clarisse Kopff, membro do Conselho de Administração da Munich Re; Daniel Castillo, Vice-Presidente de Subscrição do IRB (Re); Isabelle Santenac, Líder Global de Seguros da EY; Ivan Luiz Gontijo Jr., Diretor Presidente da Bradesco Seguros SA; e Jeremy Goodman, Chefe Global de Estratégias de Corretagem e Presidente da Aon’s Reinsurance Solutions no Reino Unido.
O painel sobre Transformação Digital, entre outros tópicos, abordará o uso de novas tecnologias no setor, contando com nomes reconhecidos no mercado de seguros: Alessandro Octaviani, Superintendente da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP); Roberto Santos, CEO da Oporto; David Colmenares, Diretor Geral Regional de Comercial Integrado para América Latina e CEO da Allianz Colômbia; e Rajat Sharma, Diretor de Receitas da eBaotech.
Outros palestrantes do evento incluirão Bárbara Buchner, Diretora Geral Global da Climate Policy Initiative (CPI); Kaspar Mueller, Presidente de Resseguros para a América Latina na Swiss Re; Gil Arazi, Fundador e Sócio Gerente da insurtech FinTLV Venture Capital; e Hank Watkins, Diretor Regional e Presidente da Lloyd’s para as Américas.
5 tendências para debater
Com relação às tendências do negócio de seguros, o foco será em 5 em particular:
Mudanças climáticas e adaptações
Os incidentes causados por ondas de calor mais longas e frequentes, tempestades, inundações e incêndios florestais, entre outros eventos climáticos extremos, estão se tornando cada vez mais comuns. Isso afeta as avaliações de risco e exige adaptações nos produtos e soluções para proteger empresas e pessoas. Mas sem perder de vista a sustentabilidade das companhias de seguros.
Criatividade e novos negócios
Como tudo pode ser objeto de produtos de seguros, é sempre necessário observar os novos hábitos da sociedade. A proteção de animais de estimação é um exemplo. Para transformá-los em novos negócios, é necessário criatividade e investimento por parte da indústria e vontade regulatória por parte das autoridades.
Transformação digital sem fim
No mundo pós-pandemia, as experiências digitais serão as que definirão o tom e o ritmo dos negócios. Isso requer investimento contínuo, atenção ao desenvolvimento tecnológico e respeito às demandas dos consumidores. Novos modelos de negócios surgirão e novas oportunidades serão criadas, mas o preço a pagar é uma vigilância constante, pois a transformação digital veio para ficar.
Compartilhar e competir, a nova ordem
Os dias em que as empresas “possuíam” as informações de seus clientes ficaram para trás. As seguradoras no Brasil estão se adaptando ao chamado Open Insurance ou sistema de seguro aberto desde o final de 2021. Assim como no Open Banking (que reúne bancos e instituições de pagamento), os dados dos consumidores podem ser compartilhados entre empresas, desde que tenham a autorização dos consumidores e em conformidade com as regras da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados). Isso gera novos negócios, mais concorrência e inovação, mas também traz riscos tecnológicos, de governança e controle.
Ambiente regulatório
O olhar dos órgãos reguladores sobre o setor de seguros é uma constante em qualquer país. O essencial para um ambiente regulatório saudável é garantir um relacionamento institucional e comunicativo entre os regulados e os reguladores. A regulamentação adequada garante a confiança no sistema e a adesão de um maior número de clientes.
Além disso, no primeiro dia do evento, domingo, 24 de setembro, haverá uma atividade esportiva no Campo Olímpico de Golfe. Enquanto no encerramento da conferência, em 26 de setembro, a partir das 20 horas, ocorrerá um jantar de gala.
Vale lembrar que esta Conferência Hemisférica de Seguros é realizada a cada dois anos pela câmara de seguros do país anfitrião em conjunto com a FIDES, uma entidade sem fins lucrativos que atualmente reúne associações de seguros privados de vinte países membros, com a CNseg entre as entidades fundadoras.
