América Latina é a região que envelhece mais rapidamente

Estudo Tsunami Latam mostra que a população maior de 65 anos irá duplicar na região, chegando a 18% nos próximos 30 anos

por InsurMarket Latam
Estudo Tsunami Latam

O mundo está envelhecendo rapidamente. Assim como na Europa, a América Latina vê sua taxa de natalidade despencar de 6,1 para 2,2 filhos por mulher, e as pessoas viverem mais. É a primeira vez na humanidade que quatro gerações convivem: Baby Boomers, Geração X, Geração Y e Millenials.

Preocupados com esta realidade, três empresários decidiram se juntar para lançar a Silver Hub, uma aceleradora de startups com foco em iniciativas para a população 50+. O uruguaio Cristián Sepulveda e os brasileiros Marcos Ferreira e Arine Rodrigues se juntaram nesta iniciativa com o objetivo de dar mais visibilidade às oportunidades e realizações voltadas para o público maduro. Atualmente, o Silver Hub acelera sete startups. Para dar visibilidade a este trabalho, foi realizado o evento Inova Silver, que apresentou as startups aceleradas pelo grupo e outros temas importantes para o setor.

A pesquisa Tsunami Latam foi apresentada no evento Inova Silver por Cléa Klouri, sócia fundadora do Data8. Segundo o estudo, os latino-americanos estão revolucionando a maneira de pensar e sentir o envelhecimento. Das mais de 17 mil pessoas entrevistadas, 21% acredita que irá viver mais de 100 anos e 79% já se planejam financeiramente para não depender de ninguém na velhice.

Entretanto, este ainda é um público que não é percebido pelas empresas como consumidor, apenas da maioria acessar a internet diariamente e fazer compras online. Cléa apontou: “45% acreditam que as marcas e os governos não olham para os consumidores na faixa etária acima dos 45+ e 31% deles já sentiram algum tipo de preconceito”.

Um ponto positivo para a América Latina é justamente poder utilizar as boas experiências de outros países mais envelhecidos, para poder aplicar da melhor forma as políticas públicas.

Clea também apontou três países como benchmark na região: Brasil, pela inovação em produtos, serviços e experiências para as pessoas 50+; Chile, pelas políticas públicas de apoio ao envelhecimento com qualidade de vida; e Uruguai, que já possui 30% da sua população 50+.

Para os Baby Boomers, a sensação que predomina entre 7 de 10 entrevistados com mais de 55 anos, é que eles chegaram à maturidade muito melhor do que imaginavam. Já entre os membros da Geração X, 8 em cada 10 pessoas querem continuar trabalhando para não depender financeiramente de ninguém.

Mesmo com uma grande disparidade nos padrões de envelhecimento da América Latina, o estudo agrupou os países de acordo com o seu momento na transição etária.

No Grupo 1 estão os países com envelhecimento incipiente: Bolívia, Guatemala, Haiti, Honduras, Nicarágua e Paraguai; no Grupo 2 estão os países com envelhecimento moderado: Belize, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Guiana, Peru, República Dominicana e Venezuela; no Grupo 3, de envelhecimento avançado, estão: Bahamas, Brasil, México, Chile, Jamaica, Suriname, Trinidad & Tobago; e por fim, os países do Grupo 4 têm o envelhecimento muito avançado: Argentina, Uruguai, Cuba e Ilhas do Caribe.

Para Cléa, este estudo é uma excelente base parar mostrar todo o potencial do público 50+, para que ele seja visto, ouvido e representado.

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