Apesar de grandes esforços para transformar a experiência do cliente e aumentar a agilidade de atendimento e vendas, eles ainda continuam na mira dos negócios do mercado de seguros em 2023. Os executivos apostam que a diversidade de seu quadro de colaboradores seja refletida em seus produtos e serviços.
No Brasil, em 2023, com a mudança de governo, a projeção de crescimento do PIB é de 2,2%, com aumento do mercado estimado em 10,1% com as operações de seguro saúde. Outros fatores que também devem contribuir para a expansão do setor é a revisão do marco regulatório promovida pela Susep (Superintendência de Seguros Privados) e a intensificação da digitalização.
Transformação digital
A aceleração da digitalização foi alavancada pela pandemia, o que acabou trazendo maior autonomia para os consumidores e corretores em diversos processos. No mercado de seguros, a prova viva dessa tendência foi a realização de vistorias e sinistros online, onde o próprio segurado envia a foto do imóvel ou de um acidente que ocasionou um dano ao automóvel.
“Acredito muito na automação e na inteligência artificial (IA) de processos, sempre com o objetivo de promover melhores experiências para corretores, parceiros e clientes, além de permitir crescentes ganhos de eficiência. Aqui na MAG Seguros já usamos vários destes recursos de inovação e tecnologia como, por exemplo, Machine Learning para análise de benefícios, trazendo ainda mais agilidade para este importante momento do nosso negócio. Isto libera nossos colaboradores para lidarem com iniciativas ou casos de maior complexidade ou de alta prioridade, além de contribuir para uma melhor experiência dos nossos stakeholders”, afirma Nuno David, diretor Comercial e de Marketing da seguradora.
Seguro por demanda
O seguro on demand (por demanda) ou pay per use (pague pelo uso) será uma das grandes tendências em 2023. Esse tipo de apólice oferece cobertura por período menor que os produtos tradicionais, permitindo que o consumidor escolha por quanto tempo deseja segurar o bem e em qual período específico. A modalidade foi regulamentada pela Susep através da Circular nº 592 de 26 de agosto de 2019.
Cliente no centro do modelo de negócio
Colocar o cliente no centro dos negócios e das decisões da empresa significa investir em produtos aderentes às suas necessidades. Esse cenário deve ganhar ainda mais força em 2023, por meio da oferta de produtos e serviços com valor agregado, que entendam a jornada que o segurado busca e reforcem o seu engajamento com a marca.
“Mais do que entender o que o cliente espera, as empresas precisam ouvi-lo para gerar os valores que o consumidor final realmente busca”, ressalta Luiz Cartolano, diretor executivo de Marketing e Transformação da Allianz Seguros.
Seguro de vida: Maior conscientização e quebra de paradigmas
Ocasionada pela Covid-19, a busca dos brasileiros por seguros de vida aumentou nos últimos dois anos. Segundo dados divulgados pela Susep, o produto atingiu R$ 22,16 bilhões em prêmios até outubro, registrando um crescimento de 16,5% em relação ao mesmo período de 2021.
”Hoje, as pessoas estão mais conscientes sobre a importância do seguro de vida enquanto ferramenta de planejamento financeiro. Elas entendem que a cobertura pode ser acionada em diversas ocasiões, entre elas de doenças graves, invalidez parcial ou permanente e afastamento do trabalho. Ou seja, o tabu de que o seguro de vida só funciona em caso de falecimento está sendo quebrado e esse cenário deve seguir avançando no próximo ano”, prevê David Beatham, diretor executivo de Automóvel, Massificados e Vida da Allianz.
Promoção dos critérios ESG
Marco Campos, diretor executivo de Recursos Humanos e Comunicação da Allianz Seguros, ressalta que a promoção da agenda ESG permanecerá como uma das prioridades das empresas que atuam no setor. O executivo reforça que ela continuará impulsionada pelos talentos e clientes que procuram por marcas que estejam cada vez mais em linha com o propósito de valorizar questões como sustentabilidade, diversidade, inclusão, equidade social e governança corporativa.