Embora em prêmios, o mercado segurador latino-americano tenha crescido em 2021, a realidade é que em relação a 2019 ainda está 5% abaixo, o que mostra que os efeitos da pandemia causada pela Covid-19 ainda não foram superados. O mesmo acontece quando se compara a rentabilidade do setor ou a inserção do seguro na sociedade.
É o que afirma Rodrigo Bedoya, presidente da Federação Interamericana de Seguradoras (FIDES), que aponta essa situação como uma das principais preocupações do setor na região.
“O desafio que se identifica é a necessidade, e o desejo claro, de recuperar um caminho de crescimento rentável em todas as linhas, num contexto marcado precisamente por muitos aspetos de grande instabilidade”, sustenta.
Mas nem todas são preocupações no mundo dos seguros latino-americanos, ao contrário, a região tem muitas oportunidades de desenvolvimento de mercado, como resultado da lacuna de proteção existente, maior consciência de seguros que foi despertada após a pandemia e a incorporação de tecnologia aos negócios.
Por outro lado, o presidente da FIDES analisa os principais temas que a instituição está trabalhando e que respondem às necessidades e preocupações que as seguradoras associadas expressaram por meio de uma pesquisa.
“A principal preocupação das seguradoras na América Latina é o papel da regulação no seguro. O setor está percebendo que por meio da regulamentação estão sendo impostas limitações ao invés de políticas que promovam o desenvolvimento do setor”, enfatiza Bedoya.