Open Insurance e seu multiverso de oportunidades para a indústria de seguros

Por Esteban Hernández, Diretor de Negócios da GFT México.-

por Esteban Hernandez

O Open Insurance é uma forma pela qual podemos conduzir negócios na indústria, compartilhando dados e consumindo serviços de seguros de nossos aplicativos para terceiros, ou até mesmo para departamentos internos da empresa.

Hoje em dia, fazemos isso por meio de APIs, o que permite às empresas conduzirem negócios de forma mais ágil e dinâmica. O Open Insurance nos permitirá acelerar exponencialmente a venda de serviços e produtos.

Vou compartilhar um exemplo do que pode ser alcançado com o Open Insurance. Atualmente, quando falamos de seguro, pensamos em seguro residencial, de vida ou o mais comum, que é o seguro automotivo.

E o que geralmente imaginamos com um seguro automotivo é que, ao entrar no carro, já estamos protegidos. Se tivermos algum evento, podemos contar com essa cobertura. No entanto, imagine se pudéssemos mudar esse seguro e, em vez de definir o conceito associado a um veículo, o associássemos à nossa experiência de vida.

Em outras palavras, poderíamos contratar, por exemplo, por meio de parâmetros, um seguro de mobilidade. Poderíamos usar o veículo, a bicicleta ou até mesmo a motocicleta, e estaríamos cobertos em todos esses casos. Não há necessidade de alterar o produto, mas sim adaptá-lo aos diferentes usos e, por meio de variáveis, configurá-lo de acordo com o tipo de risco, de acordo com a mobilidade do segurado.

Estamos falando de um seguro de mobilidade que não está ligado a um produto específico, mas sim à forma de vida. Um dia isso pode ser um carro, na semana seguinte uma bicicleta, ou até mesmo o cliente pode embarcar em um avião para viajar para outro país, e o seguro continuará protegendo-o.

Esse é o tipo de possibilidades que poderíamos considerar na indústria, fora do seguro clássico que conhecemos hoje, e com o Open Insurance isso pode se tornar possível.

Por exemplo, um seguro de vida pode estar associado ao comportamento do cliente. Ou seja, se a pessoa pratica exercícios diários, talvez o prêmio possa variar para cima ou para baixo com base em leituras biométricas dos dispositivos eletrônicos dela, considerando a mobilidade ou os momentos de vida.

A tecnologia nos oferece muitas possibilidades para consumir esse tipo de informação por meio das APIs, desse consumo de informações para gerar novos serviços.

Apesar de todas essas possibilidades, não podemos ignorar os desafios, como é o caso da baixa penetração de seguros na sociedade latino-americana.

Hoje, uma parcela muito pequena da população tem seguro. O seguro é um instrumento que as pessoas não consideram, e, na minha opinião, na maioria das vezes, eles o contratam por obrigação.

Contratamos um seguro residencial porque ele está associado ao crédito hipotecário. Contratamos um seguro automotivo porque é obrigatório andar com essa cobertura, e mesmo assim, muitas pessoas não o adquirem.

Por isso, é praticamente uma obrigação que realizemos atividades de promoção. A tecnologia pode nos ajudar a promover o uso de seguros de forma mais dinâmica, o que, por sua vez, nos ajudará a aumentar a penetração no mercado e também a reduzir custos.

Em termos de riscos, pelo menos no nível das empresas, temos a possibilidade de contar com dados mais precisos de anos anteriores para cada pessoa, produto ou evento. Isso, sem dúvida, ajudará a reduzir os riscos de forma geral.

Por último, em relação ao risco de exposição, existem ameaças que antes não tínhamos, mas há tecnologia que nos ajuda a proteger a exposição a essa vulnerabilidade.

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