ITC 2022: Seguros embutidos são a tendência da distribuição

InsurMarket Latam esteve presente em Las Vegas, na InsureTech Connect 2022, acompanhando de perto as tendências que incendiaram o futuro do setor. E uma das mais importantes é a do seguro embutido (embedded insurance), com fortes implicações para os corretores de seguros.

por InsurMarket Latam

ENVIADOS ESPECIAIS.- As sessões que trataram sobre distribuição de seguros no ITC Vegas 2022 seguiram na direção de que os seguros embutidos em outros produtos são a tendência.

Há muitas corporações distribuindo seguros de diferentes áreas, que embutiram produtos financeiros com sucesso e que agora investem em seguros. Isso acontece porque estas empresas não querem vender apenas seus produtos, mais colocar mais valor para os seus clientes. “Eles têm dados que as companhias de seguros nunca terão e conseguem engajar os clientes. A operação destes produtos é uma grande oportunidade para o mercado de seguros crescer, disponibilizando suas estratégias”, afirmou Matheus Riolfi, CEO da Tint.

Ele utilizou como exemplo a Uber, que contratou seguro de acidentes pessoais para todos os seus motoristas parceiros, disponibilizando-o para todos. “Os seguros embutidos (embedded insurance) não dizem respeito apenas à distribuição, mas à forma como as pessoas vão consumir seguros”, classificou Riolfi.

Entretanto, Nicole Farley, diretora da Bold Penguin, afirmou que o seguro deve fazer parte dos produtos de outras empresas com o objetivo de melhorar a experiência do cliente. “O desafio é como levar o seguro para um novo nível, porque ele não está na linha de frente das empresas, mas funciona como um complemento de experiência”.

A chave é simplificar a vida do consumidor, com processo super simples, mas eficiente e acurado, capaz de oferecer o seguro em poucos cliques.

Participação do corretor de seguros

Se há seis anos era decretado o fim da corretagem de seguros em favor das vendas online, hoje as insurtechs já sabem que precisam da participação do corretor para completar a sua venda.  “Produtos massificados não precisam de participação dos corretores, que permanecem para produtos mais detalhados e complexos”, afirmou Riolfi.

Sebastien Bert, head of strategic partnerships US da Swiss Re, ressaltou que o cliente quer saber de quem compra, porque as pessoas compram de outras em quem confiam. Há seis anos, diziam que os corretores iriam acabar. “Esta conversa acabou. 70% dos consumidores precisam de alguém para dizer oi durante o processo de venda. A consultoria é fundamental, com a tecnologia contribuindo para este processo”, completou.

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