Inteligência artificial necessita da parceria humana

Várias insurtechs trabalham com inteligência artificial para tornar a experiência do contato com o mercado de seguros menos conflituoso. IA ajuda as seguradoras a precificarem seus produtos de forma mais justa e customizada.

por InsurMarket Latam

A transformação digital aconteceu de forma rápida para o mercado de seguros, que seguiu o financeiro. Além de muitas mudanças na operação, o atendimento ao consumidor foi impactado de forma direta. O CQCS Insurtech & Innovation 2022 realizado no Brasil mostra, em dois dias de evento, que o movimento de transformação ainda está acontecendo, impulsionado tanto pela insurtechs que trazem novos ares para o mercado quanto pelas empresas tradicionais, que aplicam as novidades principalmente para melhorar a jornada do consumidor. O uso da inteligência artificial é fundamental para que esta jornada seja mais rápida, com uma experiência prazerosa.

Samy Krikler, fundador da Earnix, apresentou os produtos que a sua empresa disponibiliza para o mercado para ajudar as seguradoras a precificarem melhor, como o seguro automóvel por exemplo, com a utilização de aprendizado da máquina e análise de dados, onde fornece um sistema de score e probabilidade de sinistro.

A telemática é aplicada para levantar os dados do condutor para realizar uma completa análise e o preço justo para cada cliente”, disse Krikler.

O diretor de AI Business da Solera, Jaime Silvela, afirmou a Inteligência Artificial vai permitir que os colaboradores das empresas sejam os transmissores dos dados. Segundo pesquisas da empresa, 70% dos clientes de seguros mudariam de empresa para ter uma experiência digital mais rápida, com menos esforço por parte deles.

Não há companhia tecnológica que não tenha triunfado sem uma solução global para todos os seus clientes. Com a quarta revolução industrial, 9 em cada 10 indústrias estão investindo em IA, e as empresas que usam IA cresceram 270% entre 2015 e 2019. “A Inteligência Artificial não é só o futuro, com cidades inteligentes, mas sim o presente, com o nosso celular. Sem o Waze não chegaríamos aqui, ou não ficamos sem a Alexa, que atende os nossos pedidos e aprende a partir de sua própria experiência”, confirmou Silvela.

Um exemplo citado por Silvela é que é possível gerir um sinistro de forma encadeada, com todo o processo resolvido em menos de 5 minutos, com a inteligência artificial. A partir das fotos do sinistro, definir o montante das perdas, as peças necessárias para a reparação, a melhor oficina etc.

O desafio não é automatizar processos, mas criar processos completamente novos de uma concepção digital por padrão, já que a IA é uma ferramenta a serviço das pessoas”, completou Silvela.

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