Os ataques cibernéticos estão aumentando e, embora ainda não tenham sido percebidos em grandes volumes, é um risco que a indústria de seguros deve conter. Por isso, o setor está obrigado a aumentar o investimento em cibersegurança, porque caso contrário, com os constantes avanços tecnológicos, eles ficarão para trás e sua vulnerabilidade será exposta.
Essa afirmação é de Eugenia Martínez, Diretora de Seguros da Fitch Ratings, durante uma entrevista no evento Fitch on Mexico: Entendendo os desafios e incertezas em meio às oportunidades, organizado pela empresa que ela representa.
A especialista apontou que a indústria de seguros enfrenta esse risco não apenas por ter sistemas obsoletos, mas também porque, no que diz respeito à adoção de tecnologia, está atrasada pelo menos 10 anos.
Sem dúvida, eles precisam investir mais em cibersegurança, estar mais conscientes do que pode estar acontecendo, porque a tecnologia está nos alcançando e ultrapassando. Então, eles teriam que conhecer e lidar com isso, uma vez que têm informações importantes que são atraentes para criminosos cibernéticos”, afirmou Martínez.
De acordo com a executiva, as empresas precisam conhecer profundamente seus sistemas e adaptá-los ao tipo de proteção necessária, porque do ponto de vista regulatório, a informação privada e os dados pessoais dos clientes são os elementos mais importantes a serem protegidos.
Se as empresas estão operando com um determinado sistema, devem prestar atenção especial para não se exporem aos diversos riscos cibernéticos. Além disso, há um componente crucial que é o financeiro, pois, em caso de violação, tanto a reputação quanto as finanças serão pressionadas”, afirmou Martínez.
Apesar de tudo isso, a diretora de seguros da agência de classificação mencionou que nos últimos anos houve um interesse crescente no setor de seguros, tanto para se proteger quanto para tomar medidas que minimizem os riscos desse tipo.
Existem empresas que foram vítimas de vulnerabilidades relacionadas a malware e proteção de dados. Isso tem acelerado o interesse em proteção e em suas necessidades. Elas buscam se proteger internamente e oferecer soluções aos seus respectivos clientes”, acrescentou a entrevistada.
Por fim, Martínez instou a indústria a continuar concentrando esforços na cibersegurança, pois prevê um crescimento intenso nessa área. Além disso, recomendou aos envolvidos que se preparem e se preocupem com os avanços tecnológicos que estão por vir.