O estudo “Impacto Socioeconômico do Seguro de Vida na Sociedade Brasileira” acaba de ser divulgado pela Fundação Getúlio Vargas. Ele foi encomendado pela seguradora Prudential do Brasil para avaliar o impacto do seguro de vida para os brasileiros. Entre os resultados está o alto índice de tranquilidade e segurança para quem possui a proteção. O estudo concluiu ainda que a proteção financeira ainda tem um enorme espaço para crescer no país entre as classes A, B e C+. Questões como desconhecimento e planejamento de renda ainda são entraves.
Mais de 1.800 participantes, entre segurados e não segurados, foram ouvidos ao longo do segundo semestre de 2022, trazendo à tona um panorama revelador sobre a percepção em relação ao seguro de vida. No cerne dessa pesquisa, 59% dos entrevistados que não possuíam de apólice de seguro apontaram a falta de tranquilidade como o sentimento predominante.
Entre os principais motivos que conduzem à não contratação do seguro de vida, destacam-se: razões financeiras, apontadas por 35% dos entrevistados, seguidas pela desconfiança, mencionada por 28%. A ausência de percepção da necessidade de tal proteção foi mencionada por 24% dos entrevistados, enquanto o desconhecimento dos produtos disponíveis compreendeu 11% das respostas.
As cifras colhidas por esse estudo ecoam o atual cenário global do mercado de seguro de vida. Atualmente, esse setor representa uma fatia inferior a 4% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, uma realidade que se assemelha aos índices observados na China e na Índia, conforme relatório da Swiss RE. Especificamente nas classes A, B e C +, que abarcam indivíduos com substancial potencial para aderir a um seguro de vida, surpreendentemente cerca de 37 milhões de adultos acima de 18 anos permanecem desprotegidos, como constatado em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse contingente equivale à população total do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, ou até mesmo à nação polonesa.
Carlos Cortez, vice-presidente de Marketing e Digital da Prudential do Brasil, enfatizou o peso da colaboração com uma instituição tão renomada como a FGV. Ele observa: “O estudo gera uma reflexão quando se pensa na proteção ainda em vida, especialmente, pós-pandemia. Interessante constatar que mesmo os não segurados entendem a importância de estar protegido. Seguro de vida não é apenas para quem tem mais renda ou progride na carreira”, declara Cortez.
Esse estudo englobou uma série de pilares de análise, incluindo caracterização comportamental, que se desdobrou em pesquisas tanto quantitativas quanto qualitativas através de entrevistas. Ademais, foram realizadas análises macroeconômicas e microeconômicas, tendo por base os dados do primeiro semestre de 2022.