INSURMARKET LATAM: O que é comum aos países da América Latina em termos de consumo de seguro viagem?
Vincent Bleunven: Antes da Pandemia, o consumo de seguro viagem na América Latina era muito mais direcionado às viagens para América do Norte e para a Europa, representando mais de 60% das apólices vendidas no setor. O cenário pós pandemia mudou bastante esse cenário, com as obrigações de contratação para países como Argentina e Uruguai, além da própria percepção da importância do produto para casos de doenças e imprevistos. Até setembro de 2022, o seguro viagem Allianz Travel alcançou 20% de vendas para a América do Sul.
IML: As exigências de países da América Latina são parecidas?
VB: De forma sucinta, sim. A maioria dos países não exigem obrigatoriedade de contratação, apesar de altamente recomendável, com exceção da Venezuela e Equador que exigem u$ 40.000 para despesas hospitalares e U$1.000 para seguro bagagem, e do Uruguai que exige a contratação, mas não necessariamente cobertura contra COVID-19 ou exigência de cobertura mínima. Argentina e Chile exigiram durante a pandemia, mas não exigem mais.
IML: Quais são as particularidades que podem dificultar o atendimento?
VB: Existem alguns países na América Latina em que a rede médica e hospitalar não é tão extensa e estruturada como em países mais desenvolvidos da Europa ou América do Norte, por isso é importante escolher um seguro viagem que conta com uma rede ampla e que atenda às necessidades dos clientes, mesmo nos lugares mais remotos. Hoje a Allianz Travel é o seguro viagem que conta com a maior rede de prestadores do mundo, com mais de 6 mil prestadores em 77 países, Telemedicina e atendimento em português via WhatsApp 24 horas por dia.
IML: Quais são as tendências de produtos e serviços para América Latina?
VB: As tendências são bem favoráveis para o setor na América Latina. Na Allianz Travel, as vendas cresceram mais de 500% em relação a 2021 e as projeções para 2023 são de ainda mais crescimento. Além da percepção da importância do produto pós-pandemia, as viagens corporativas e pessoas que estão dando mais valor a viagens e qualidade de vida aumentaram consideravelmente. Outro dado relevante é que no período pós pandemia, segundo um levantamento do Customer Lab Allianz Partners, mais de 60% dos viajantes com mais de 56 anos tem em sua intenção a contratação do seguro viagem, contra 39% no período pré-pandemia
IML: Qual é o perfil de quem contrata o seguro viagem?
VB: Era mais fácil analisar o perfil de quem consumia esse produto antes da pandemia – Executivos que viajam bastante a negócios, pessoas com bom poder aquisitivo que viajam para América do Norte e pessoas viajando para a Europa, pela obrigatoriedade do tratado de Schengen. Hoje o perfil de quem compra seguro viagem se ampliou de forma expressiva até pelo fato da obrigatoriedade e percepção da importância do produto.
IML: Vocês conseguem manter um padrão de atendimento nos países da região?
VB: Sim, a Allianz Travel tem uma rede de atendimento bem ampla e estruturada na região e nossos atendentes estão disponíveis 24 horas por dia, sete dias por semana, de forma Omnichannel (telefone, e-mail e WhatsApp)
IML: A comercialização é feita da mesma forma em todos os países?
VB: Não, a forma de comercialização depende das regulações locais de cada país. Com exceção do Brasil, que tem o mercado regulado pela Susep, nos demais países da América Latina o produto comercializado é o de assistência viagem, com o foco no atendimento de assistência e emergência ao segurado. Ambos os serviços garantem a tranquilidade ao passageiro, porém a cobertura securitária ofertada no Brasil garante as assistências e também caso necessário, o reembolso de determinadas coberturas, como extravio de bagagens, assistência farmacêutica e em alguns casos, o reembolso de despesas médicas.
IML: Quem consome mais seguro viagem na América Latina?
VB: Olhando os dados que temos no nosso banco, em termos analíticos, a maioria são pessoas na faixa dos 25-40 anos e de sexo bem equilibrado (52% homem – 48% mulher).